31.3.11

és apenas o que não és .

sabes o que eu quero? que um dia alguém goste de mim como eu gosto de ti. nem precisas de ser tu.
acordei a pensar em ti, e desta vez não foi a pensar nos movimentos imperceptíveis que fazes com os cantos da boca ou a força do teu olhar de castor quando pára e fixa o meu. hoje acordei a pensar em ti, e hoje já não me fascinavam os teus movimentos involuntários ou o timbre da tua voz. não és amor, não és paixão, não és nada. é antes admiração exagerada, apreço em demasia. és tu, um eu um tanto adulterado. similaridade de alma incrível, e tu nem disso te apercebes. és eu de ternura e delicadeza até à ponta dos cabelos. és tu, que és eu. és tu e sou eu, que somos o mesmo. por isso se calhar eu estou é baralhada e só gosto é muito de mim, não achas?

30.3.11

a intensidade, da comunicação de 40 segundos !

- foi?
- foi.
- onde?
- embora.
- e tu?
- eu fiquei aqui à espera que ele voltasse


um dia a pequena paciência rebenta e transforma-se em revolta , como vingança fria e dura.  

29.3.11

objectivo principal da conversa de 5 minutos .

 - jéssica, se não conseguires ser bióloga marinha que mais queres ser quando fores grande, advogada ou médica?
- feliz.
- óh , mas para além disso.
- não quero nada para além disso, quero ser feliz.
- mas sabes que a felicidade não compra nada, precisas de um emprego.
- compra sim. rouba almas, compra sorrisos e cria brilhos nos olhos. era tão feliz só com isso.
- e achas que vais arranjar marido se não tiveres emprego ou se as tuas ambições forem simplesmente a felicidade?
- só quero um se me fizer um bocadinho mais feliz do que eu quero ser. e se assim for, também só quererá ser feliz, como eu.
- e quando tiveres filhos, como vais cuidar deles?
- vou ensiná-los a serem felizes também. nunca aprenderão nada melhor do que isso.
- tu e todos esses sonhos, nunca vais deixar de ser assim, pois não?
- não, só sou feliz desta maneira 

assim mesmo happy (:

28.3.11

fogo

sabem quando nos dizem para não tocarmos em algo, porque está quente? o melhor momento é antes de o fazermos. a sensação de estarmos a fazer algo de errado, o impulso de mesmo assim o fazer. é como gritar de uma montanha e rir ao ouvir o eco da nossa própria voz. como pressionar uma régua até ao seu ponto máximo de elasticidade, e depois vê-la partir. é desafiar a gravidade e todas as outras teorias antigas. é testar pessoas, ver até que ponto são manuseáveis. é fogo, emoção, delírio. 

Mas depois disso não passamos de idiotas com o dedo queimado.

27.3.11

bernardo, amo-te !

volta para mim gé 
Por favor, vem de onde estiveres, larga o que estiveres a fazer e estaca graciosamente à minha frente. diz-me que posso finalmente abrir os olhos de novo. que agora, o mundo voltou a ser feito com aquelas cores que eu venerava e para as quais sorria constantemente. que a pressão das minhas mãos contra os meus olhos é completamente desnecessária, que não serei encadeada por toda esta claridade desconhecida. porque vais tapar a luz vulgar e vais tu ser meu.




25.3.11

ainda gosto .

sem números 

queres saber exactamente o quanto é que eu gosto de ti? a quanto equivale o 'mais' que sucede sempre o 'amo-te'? então multiplica os sorrisos e as vezes que entrelaçámos as mãos. soma-lhes as palavras murmuradas, todos os beijos e abraços. acrescenta ainda os batimentos cardíacos acelerados, o nó na garganta de quando tinha de te dirigir a palavra e os olhares tímidos porém expressivos. mas divide esse valor por todas as vezes que me fizeste mal, em que bocadinhos do meu amor se foram perdendo por entre acções e palavras tuas.depois pousa o lápis, larga o papel e vem mas é abraçar-me. O teu esforço é completamente em vão. no dia em que te definir por um número, é porque deixei de gostar de ti.

24.3.11

cone

Secalhar é melhor ficares onde estás. 
Nunca gostaste muito de unicórnios..ou de mim.
nunca me empurraste enquanto andava de baloiço. Nunca rebolaste comigo na relva. Nunca me viste dançar[secalhar se tivesses visto me ficasses a amar um bocadinho mais, e talvez esse bocadinho fosse o suficiente para...] nunca chegámos a ver juntos o pôr-do-sol ou o nascer deste. tantos sorriso que ficaram suspensos, tantos risos que foram anulados antes de produzidos, tantas lágrimas contidas. agora, quero compensar por todo o tempo em que me esqueci de mim mesma. se o vou fazer contigo? NÃOOO, só se quiseres.
Olha, eu vou comprar um gelado de cone, espetá-lo na testa e passar o dia inteiro a fingir que sou um lindo unicórnio.Vens?

23.3.11

fantoche

não devia gostar de pessoas más .
e não o fiz. tentei inumeras vezes reeguer-me, mas era como uma marioneta nas tuas mãos que usavas conforme te convinha. começavas a levantar-me, levantar-me suavemente, a puxares-me para ti quando sentias a nossa falta.. para depois me puderes atirar macabramente para o fundo. limitavas-te a pegar nas cordas que me sustinham no ar e a largá-las abruptamente. e depois, saías. não ficavas para ver se caía, se estava bem, não queres agora olhar para os meus hematomas. porque gostas de ignorar e fingir que não foste tu o culpado, porque tu és mau, és mesmo muito mau.


22.3.11

o tempo acabou .

and now?
conheces-me e sabes o que estou a sentir melhor que ninguém. no entanto fazes tudo para ignorar e evitar a dor que transpareço e que só tu consegues ver. tens coração, mas tentas a todo o custo exterminá-lo e arrancá-lo de ti. achas que te faz fraco. eu sentia-me feliz e orgulhosa porque sabia que te conhecia melhor que ninguém. talvez até melhor do que te conhecias a ti próprio. mas quando ia demasiado fundo, quando percebias que já não eras mais um livro fechado para mim, tentavas que parasse. fechavas-te em copas por momentos, mas voltavas a abrir o jogo porque sabias que te era demasiado para que me pudesses perder. estávamos sempre tão concentrados em pedir desculpa que não reparávamos que  nunca nós tínhamos chateado. bem eu tentava te dizer isso, mas via o arrependimento estampado nas tuas expressões, palavras e silêncios e perdia a coragem. fizeste-me descobrir características em mim que nunca pensaria ter, como a demasiada bondade e inocência. o meu coração derretia-se ao som da tua voz. era tão mole... tão mole tão mole que agora não se partiu: esborrachou-se.

21.3.11

gf .

 eu gosto de ti, sabes? gosto de ti como um astronauta gosta do espaço ou como um cientista gosta dos seus químicos. e gosto de ti muito, e gosto muito de ti, está bem? como daqui ao espaço. daqui a plutão. daqui ao sol. daqui até ao meu coração. gosto de ti ao comprido, como uma linha infinita. também gosto largo de ti, da largura de um rio grande e bonito. até me atrevo a dizer que gosto de ti ao quadrado. ou ao cubo. mas o que eu gosto mesmo são triângulos. então gosto de ti ao triângulo, ihih.
e tu?

20.3.11

How can you be so heartless?

estas cada vez mais .
Fi-lo, custou-me, mas fi-lo. voltei a rever todas as conversas que tive contigo na esperança de encontrar uma memória à qual me pudesse agarrar com todas as minhas forças na esperança de te manter vivo em mim. fiquei extasiada. finalmente percebi o que os outros diziam ver e que eu me recusa a aceitar como realidade. sentia como cada 'és minha' emanava posse, como se de um troféu se tratasse, em vez da ternura que eu vira naquela altura. começo a dar-lhes razão. és doentio, aliás, isso sempre o soubera, o que nao sabia era que não era eu a causa da tua doença.

19.3.11

boneca .

E bonecas também choram, nem que sejam lágrimas de plástico...
Tratam-me como se fosse uma daquelas bonecas baratas, que se recebem de duas em duas semanas quando a nossa tia favorita nos vem visitar. Aquelas em que pegamos, achamos graça e brincamos com elas, até nos fartarmos e querermos outra. Aquelas que, depois de perderem a graça, não passam de mais uma na nossa enorme colecção de figuras imóveis. Não percebem o sofrimento dos que são condenados a ser bonecas sem o quererem. Porque mesmo eu, boneca que sou agora, tenho sentimentos [ou pelo menos o que resta deles]

18.3.11

luca .

é o que dá ser demente (: 

Estou louca, mas estas pessoas perturbam-me. Desfaço-me a cada grito. Como se estas vozes perdidas em corredores brancos me cortassem o peito. Mas afinal, são como eu. Um espelho da minha própria alma. É por isso que eu estou aqui, não é? Porque nada do que vejo é real. Gostava de saber o que farias na minha situação. Tu, sempre tão leve. Queria-te ver dentro destas paredes brancas, a observares a tua realidade quebrar quando alguém grita de tal forma que o silêncio que o segue torna-se aterrorizador. Se visses a loucura nos olhos deles - se visses a dor nos meus.

16.3.11

personagem errada .

como podem eles esperar tanto de alguém que é tão pouco ? 
 por isto ou por aquilo, todos esperam sempre mais de mim. todos me querem com mais um bocadinho disto, menos um bocadinho daquilo. querem que faça o papel da personagem que eles criaram e decidiram associar a mim. será que nunca lhes ocorreu que se calhar depositaram demasiadas expectativas em alguém que em momento algum mostrou ser capaz de as atingir? não deveria ser possivel desiludir quando nunca foi minha intenção iludir alguém. adoram tentar disfarçar com tinta branca as manchas negras de mim. querem que fique perfeita, de um imaculado branco que não ousa possuir qualquer tipo de nódoa. pois bem, não sou assim. Tenho imenso orgulho em cada lápis que parto, cada folha que borro e cada movimento que falho. tenho orgulho em todas as minhas manchas pois querendo-o vocês aceitar ou não, são uma parte de mim. Não fui feita para obedecer a limites impostos por outrém: fui feita para criar os meus e estar constantemente a desafiá-los.

15.3.11

o que vamos ser ?


Já me desgastaste o ser e roubaste sentido às palavras. Tornar-se-ia cansativo, continuar a repetir como me fizeste bem ao fazer-me tanto mal. Repetir-te como gosto muito de ti, mas agora um bocadinho mais. É o que acontece quando o amor se vai: intensifica-se o gosto. E o amor foi-se, sem que nós tivéssemos oportunidade de ripá-lo ou tingi-lo. Foi-se sem que eu lhe pudesse sentir o perfume. Agora vou esperar pela altura em que tudo o que fomos não passará de uma memória turva, e aí seremos unha com carne. Amigos de coração, aceitas? 


14.3.11

robô

já nem sei.
Irrita-me a tua apatia a acções ampliadas. não falas, finges-te robô. eu sei que não és nenhum robô ó palhaço. os robots não pegam fogo a corações. tu queimas, feres e magoas. robô o caraças. tu és gajo, dos piores que por aí andam. sabes qual é a tua sorte? é teres-me cativada nesses olhos azuis (sim, são azuis ó atrasado) e nessa cara de menino cheio de sonhos. com pessoas tão feias por aí, tinhas tu de me sair assim - até nisso foste cabrão. Depois de teres sido um filho da mãe e eu ter sido estúpida o suficiente para te desculpar comecei a duvidar da veracidade das tuas palavras. fiquei atenta, a tentar perceber-te o jogo. mas tu continuaste comigo. pensei que era uma nova táctica. mas semanas depois, continuavas comigo. e eu comecei a achar que se calhar se tinham acabado as jogadas, e que se calhar até gostavas mesmo de mim. perdoa-me a ingenuidade.

13.3.11

"ca-bo" "como?" "ca-bando"

percalços, não é? pois. senti-te a falta, mesmo assim. ainda me fazes falta, consegues acreditar? desculpa-me o facto de ser tão aderível. pego-me exacerbadamente às pessoas. para ti isso representa uma falha de personalidade. divergências, pronto. não te sei mais agradar. nunca o quis realmente fazer, sabes? engraço com o meu jeito, não tenho outro e não quero ter, BAH.
por muito que te possua, por muito que te detenha numa caixa de veludo, será sempre um disfarce. partirás à mercê da vida, deixando-me com o invólucro de uma cilada de amor e a percepção de que não passamos de aderentes na iminência de descolar

11.3.11

já não existe

que pena que não queiras voltar a construir; pena que eu me tenha cansado de os fazer.
nós construímos começou por ser apenas um monte de areia, como todos começam. mas aos poucos, tu e eu, o nós daquela altura, foi-lhe dando forma. construímos um belo palácio, cheio de cantos e recantos, salas estonteantes que enchemos, sobretudo, de memórias: gestos, aromas, palavras soltas. vivémos lá durante um tempo, que na altura me pareceu insignificante. vejo que devia ter aproveitado mais, porque agora uma onda de rancor, mágoa e ciúmes debruçou-se sobre o nosso bocadinho de arte, destruindo-o por completo. enquanto eu continuo impávida, estupefacta a olhar para o nada a que tudo se reduziu, tu, pelo contrário, com esse espirito empreendedor, já começaste a construir um novo. só que desta vez não quiseste a ajudar-te. já quase que acabaram a construção. é mais rápido com ela, não é? claro que é. ela nem hesitou quando, delicadamente lhe pediste ajuda. eu demorei imenso tempo a aceitar tal sublime convite. mas tu não desististe, e acabámos contruindo aquilo que foi a minha felicidade durante aquele tempo. mas no meio de tanta pressa em terminar, perderam a magia da construção. perderam os sorrisos de quando mãos se encontram por acidente, a mágoa de quando um destrói involuntariamente algum bocado e o conforto de juntos lhe voltarem a dar forma. adoravas essa parte, eu sei. agora apressa-la, o tempo está a contar. sabes muito bem que nao conseguirão fortificar tão má construção. a areia secou desde a minha passagem. recusa-se a servir-vos neste momento. ela ainda se lembra de mim. não há-de tardar muito até que a maré encha de novo e destrua esse 'castelo'. Vai encher e vai-me trazer de volta para junto de ti e dos teus destroços. 


10.3.11

inocente


dentro de agua? 

sou demente. Não sorriu com os lábios mas quando me perguntam afirmo estar em êxtase interior. sou extremamente desajeitada, mas não desgosto disso. Dá-me um jeito diferente, uma terna singularidade. sou uma espécie de mistura de Frankenstein e branca de neve. Gosto de contos de fadas - distorce-los até ficarem à minha medida. Macabramente aprazíveis. não há quem me entenda. O que realmente me arrepia é ser extremamente coerente. sabem que a vingança é um veneno letal que nos turva o sangue mas não negamos o prazer que temos em aplicá-la nos outros. sou como pólvora - até queimas. hum queimas. mas de forma passiva digamos. nunca interfiro com vidas. planeio, executar e limpar o sangue das mãos, mas tudo apenas na minha mente distorcida. Vá-se lá saber que tipo de atrocidades imagino eu cada vez que sorriu. mas tenho o meu lado doce. não lhe chamaria meiguice, talvez sejam pequenos raios de luz branca refractando nas quatro paredes 
pretas do teu coração.

engraçado; julgava-me opaca o.O


9.3.11

nothing


nada apenas eu . 
nada de dedos no vidro da janela, nem marcas de tortura entre as portas.corri meio mundo só para ver o sol a nascer daquele jeito que vi naquele dia, esqueci-me de certas coisas que se apagam com o vento mas que só não se vão com o pensamento e aquele sol que eu nunca mais vou ver, pelo menos não daquele jeito, nem o mesmo lugar nem mesmo sentir o mesmo sentimento. tudo se perdeu com um suspiro leve e doce, afogado numa manhã qualquer perdido num momento qualquer esquecido por um novo qualquer em que ao mesmo tempo, se torna um presente qualquer…
o velho passado era complicado demais, vazio demais e os meus sentimentos perdiam-se num buraco sem chão e magoavam-se  por tão pouco, às vezes por nada.

hoje e agora o silêncio para mim tornou-se lindo e a solidão uma companhia. 

6.3.11

run ?

don't remember . 
andei a criar uma ilusão na tua cabeça e no teu coração e foi como se te quisesse fazer sofrer de uma forma maléfica porque imaginas-te o futuro sem pensar nas barreiras e nas muralhas das mais grandes mas não das finas das bem grossas em que lhe podes bater, bater e bater que por mais força que lhe invistas não se vai partir, eu sei que me devia sentir culpada pelos erros que cometi mas na verdade não estou, nem a sentir quais queres remorsos mas mesmo que uns dos meus erros mais marcantes nos tenha feito mais fortes e mais "in love" não consigo sentir qual quer culpa. 
 

5.3.11

explosão

feeling
nada é equivalente a explosão de sentimentos dentro de mim, ninguém é capaz de sentir aquela ansiedade que mata por dentro e que me transforma numa pilha energética em que não existe hora de desgastar e quando a felicidade aparece faz com que o coração aperte de uma forma de compressibilidade em que a reacção é apenas sorrir e saltar bem alto, mas quando a tristeza chega acaba com a energia com os sorrisos e com os saltos, faz cair lágrimas e põe o corpo mole como se estivesse sob o efeito de droga. mas mesmo mil sentimentos a querer penetrar-me, e a querer magoar-me violentamente mesmo assim sou a única que consegue ver aquilo que está por de trás daquilo de tu escondes.

4.3.11

os dois, perdemos o amor .

sem promessas .
tu esqueces-te te do sempre, das promessas, das palavras, do amor, da amizade, dos sorrisos, das lágrimas, dos abraços, das conversas sem anexo, das manhas, das tardes, das canções, das fotos, da felicidade, dos beijos, de tudo de mim e de nós, pensei que éramos bem fortes. arrependes-te te de teres ficado ao meu lado tanto tempo, de me teres amado e sentido?
deixei escapar-te com uma facilidade, e despercebidamente que quando dei por isso já tinha caído bem fundo, num poço escuro cheio de mentiras e de aberrações, apenas restava pesadelo.
(26/12/2009-06/02/2010)